Equipa de vereação PS

Equipa de vereação do Partido Socialista Caldas da Rainha:
Jorge Sobral, Filomena Cabeça, Manuel Remédios, António Ferreira, Helena Arroz, João Jales e Rui Correia
Vereadores eleitos para o mandato 2013/2017: Rui Correia (Ind) Jorge Sobral (PS)

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Largo Rainha D.Leonor transformado em cromeleque florista

Os vereadores do Partido Socialista tomaram conhecimento da proposta de reformulação do conceito de utilização do Largo Rainha D. Leonor (largo do hospital termal). Consideram que toda a intervenção que impeça uma utilização daquele espaço - totalmente liberto de obstáculos - não cumpre com a vocação de versatilidade e a importância patrimonial e fundacional que aquele espaço representa para todos os Caldenses.

Defendemos que a dignidade e a memória daquele lugar impõem um cuidado e uma utilização de superior delicadeza que é incompatível com a coexistência de níveis de trânsito e de estacionamento como aqueles que hoje caracterizam este largo; incompatível com soluções preguiçosas, sem pensamento consequente, soluções de recurso que ninguém assina ou assume como suas.

A dispendiosa aquisição e colocação de 42 floreiras, cercando o largo, para impedir de estacionamento naquele local representaria admitir, sem mais conversas, a incapacidade das autoridades civis e policiais em aplicar a lei. Não podemos aceitar esta leitura.

De resto, esta solução das floreiras parece representar a única receita que o executivo psd conhece para dissuadir o estacionamento ilegal. Já na Rua Heróis da Grande Guerra optou pela colocação dispendiosa de dezenas de floreiras, (de muito duvidoso gosto, aliás), para, também ali, impedir o estacionamento.

Desistir de erradicar o estacionamento ilegal é incompreensível e essa resignação já custou e novamente custará dezenas de milhares de euros ao erário municipal. A colocação de pilaretes, um elemento que esta solução volta a incluir, revelou-se já incapaz, dela resultando a destruição gradual de todos eles.

São demasiados os erros que a presente solução repete e que objectivamente contrariam os projectos que para este local foram financiados pelos fundos europeus, facto cuja legalidade se exige seja devidamente investigada.

Com esta solução, a Câmara Municipal das Caldas da Rainha revela a sua incapacidade em pôr em prática as suas soluções iniciais para aquele largo, escolhendo materiais e opções estéticas de reduzida qualidade, revela a sua incapacidade de concretizar as soluções acordadas com a administração do centro hospitalar do Oeste e revela uma inaceitável disponibilidade para repetir soluções de improviso que a ninguém agradam e que ninguém deveria querer pagar de novo.

Caldas da Rainha volta a construir obra sobre obra sem assumir por inteiro os objectivos iniciais desta reabilitação: a devolução da dignidade perdida ao Largo Rainha D. Leonor.

Somos por um Largo da Rainha totalmente pedonal com possibilidades de acesso restringido a veículos prioritários. Todo o quarteirão exige um pensamento congruente que envolva as normais necessidades de fluxo pedonal e rodoviário, prioritário, estacionamento de qualidade e de proximidade e os interesses de promoção cultural e turística deste lugar único.

Existe já muito pensamento produzido sobre este Largo. Dezenas de soluções concretas foram já apresentadas, nomeadamente em trabalhos de alunos da ESAD, sempre desaproveitadas.

Pensar que todo este percurso errático e a contínua apresentação de propostas permanentemente precárias apenas acontecem porque ninguém parece determinadamente apostado em aplicar a lei, em punir prevaricadores e garantir que, simplesmente, não se deseja estacionamento no Largo é algo profundamente desconcertante e inconcebível num Estado de Direito.

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