Tendo em conta a proposta de encerramento da EB de Salir do Porto, Peso, Santa Susana, Vidais, Lagoa Parceira e, pela primeira vez, jardins de infância da Santa Susana, Lagoa Parceira e Rabaceira, o vereador Rui Correia manifestou a sua oposição a esta extensão do processo de encerramento de escolas, através da ampliação do número mínimo de alunos autorizados por estabelecimento escolar e que implica mais encerramento de equipamentos escolares com vista a uma tentativa de economia de escala que, contudo, se encontra por documentar.
De facto, mesmo considerando o prejuízo efectivo na afirmação das identidades locais - aspecto que não pode ser minimizado, mesmo em época de prioridade financista - verificamos que não existe nenhuma documentação que prove a benignidade desta reforma cujo único fundamento visível parece resumir-se a fechar escolas. Conhecemos, isso sim, no concreto, que a população sente como traumático o desaparecimento das suas escolas de primeiro ciclo, referências históricas, comunitárias e atractivas de novas famílias jovens.
Esta reforma, que teve o seu início em governos anteriores, vem revelando como consequência uma redução da atratividade das localidades, nomeadamente as do interior rural. Esse factor, associado a um inédito crescimento do desemprego e da emigração, somado ainda à ausência de dados estatísticos quanto a melhorias visíveis no desempenho escolar dos alunos entretanto deslocados, revela necessário que todos os caldenses se manifestem pela reversão e, entretanto, a firme renitência em aceitar mais encerramentos.
Sem comentários:
Enviar um comentário