Equipa de vereação PS

Equipa de vereação do Partido Socialista Caldas da Rainha:
Jorge Sobral, Filomena Cabeça, Manuel Remédios, António Ferreira, Helena Arroz, João Jales e Rui Correia
Vereadores eleitos para o mandato 2013/2017: Rui Correia (Ind) Jorge Sobral (PS)

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Vereadores recordam outras rotas por inaugurar

Os vereadores do Partido Socialista manifestaram a sua satisfação pela inauguração da Rota Bordaliana que sublinha um eixo identitário que desde sempre consideraram essencial, embora longe de ser o único, para a afirmação da marca Caldas da Rainha.

Consideram, contudo, que a prática deste executivo psd em não consultar nenhuma opinião da oposição quanto a este meritório projecto revela uma visão acanhada que acaba sempre por redundar nos mesmos problemas de sempre. Basta considerar que a única coisa que foi proporcionado debater com os vereadores foi o formato das coberturas em vidro. Como duas cabeças pensam melhor do que uma, muitos dos problemas que já hoje, a um dia da sua inauguração, se verificam (peças vandalizadas, materiais mal escolhidos, localizações questionáveis e instalação artística pouco criteriosa), poderiam ter sido antecipados e evitados.

Em todo o caso, a rota está aí e congratulamo-nos por isso.

Consideramos, de resto, que o turismo da nossa terra tem de proporcionar oportunidades de vivências diversificadas. Não adianta trazer visitantes à nossa terra se não tivermos pensada uma estratégia vocacionada para o designado "turismo de experiências". A elaboração de rotas pode ser um caminho a seguir; é necessário, contudo, que se trate de rotas devidamente enquadradas por um conjunto de guias e guiões interactivos, servidos por estruturas logísticas, ainda que mínimas, que permitam acolher uma variedade de interesses específicos do visitante, porque nenhum visitante deve ser recebido como sendo igual a todos os outros.

Nesse sentido, propomos a criação de outras rotas que podem ter efeitos economica e culturalmente multiplicadores: a rota da escultura e a rota botânica. São percursos que permitirão gerar uma oferta de indesmentível valia. O espólio escultórico, material e humano, que Caldas da Rainha possui exige que, antes de mais, se promova uma urgente política de manutenção e limpeza destes conjuntos escultóricos. Esse manancial de recursos permite, em eventual articulação com os ateliers-museu e o simpósio simppetra, criar uma experiência turística de grande valor cultural.

De igual modo, o acervo botânico excepcional de que dispomos neste concelho deve ser pragmaticamente sintetizado num dispositivo simples de acompanhamento do turista que inclua material interactivo de divulgação, guias convidados e um calendário exequível e funcional. Com estas medidas, simples mas indispensavelmente funcionais e congruentes, conseguiremos envolver o visitante num contexto turístico plural de fruição da riqueza patrimonial da nossa terra.

Mais uma vez, para além de servir para melhor dar a conhecer aos visitantes o nosso património, consolidaremos a nossa consciência identitária e estimulamos a desejada apropriação cívica por parte de todos quanto aqui residem.

Recordamos que têm sido sugeridas outras rotas por outros agentes com grande interesse e cujo mérito acompanhamos. Incluímos nestas a rota dos pomares em flor e a rota dos artesãos.

Cumpre concluir com a relevante nota de que grande parte do material necessário à elaboração destes percursos encontra-se já disponível, bastando estabelecer protocolos de colaboração com um conjunto de pessoas e entidades que já demonstraram que dispomos da massa crítica suficiente para pôr estes recursos existentes no curso desejado, um que contribua para gerar riqueza, dinamismo e uma sólida empatia pelas vivências proporcionadas.

domingo, 18 de outubro de 2015

Inércia domina pastas essenciais da câmara

Na reunião do passado dia 12 de Outubro de 2015 o executivo psd foi mais uma vez inquirido sobre o andamento de alguns importantes projectos para as Caldas da Rainha. Para quem esteja um pouco por fora destas coisas cumpre recordar que TODAS elas já têm vários anos de atraso. Algumas delas já ultrapassaram uma década de improcedência.

Ver como o presidente responde a estas questões revela bem a forma como a inércia invade esta câmara. Nalguns casos trata-se dos mais importantes instrumentos de governo de uma autarquia. Noutros, trata-se de projectos com a maior urgência – o canil permitiria terminar com a actual situação de ilegalidade em que este município de encontra. Como é possível não se atribuir prioridade ao que não pode deixar de ter?

O Vereador Rui Correia, questionou sobre o ponto de situação do “Plano de Pormenor do Centro  
O Senhor Presidente da Câmara informou que com base nos estudos prévios elaborados, deu instruções aos serviços para proceder a consulta de preços tendo em vista a elaboração do respectivo projecto de execução.

O Vereador Rui Correia, questionou o ponto de situação do traçado da Avenida Mestre António Duarte que há anos é suposto a Câmara ter resolvido e solicitou que lhe fosse fornecido os desenhos do mesmo.
O Senhor Presidente da Câmara informou que o Município ainda não chegou a acordo com a família proprietária do terreno tendo em vista a sua aquisição, e que na próxima semana facultará mais informações relativamente a este assunto.

Cumpre acrescentar que estas são as mesmas respostas que nos têm sido facultadas há vários anos. De resto, como este blog amplamente testemunha. Um desalento. Caldas da Rainha merece muito mais do que isto.

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Dois anos de vereação socialista nas Caldas da Rainha - um balanço político




No momento em que se completam precisamente dois anos desde que esta vereação tomou posse no executivo da Câmara Municipal das Caldas da Rainha, cumpre determinar, sem rodeios, qual o alcance e importe do trabalho desenvolvido ao longo deste mandato pelos vereadores socialistas.
Em primeiro lugar cumpre referir que desde a primeira hora os vereadores socialistas se disponibilizaram e esperariam poder desempenhar funções executivas a tempo inteiro, dessa forma contribuindo para a resolução muito mais capaz e imediata dos problemas dos Caldenses.
Consideramos um elementar acto de maturidade e desenvoltura democrática que tivessem sido atribuídos pelouros que se adequassem ao perfil de cada um dos vereadores para, dessa forma, se contribuir para a eliminação do maior dos problemas deste executivo: a sua notória incapacidade em atender de forma competente a todas as solicitações dos munícipes.
A maioria psd preferiu entreter dinâmicas antigas, num quadro de arcaísmo político e de supremacia do cálculo partidário ao interesse das populações. Por esse motivo, recusámos aceitar incumbências sortidas, que nos foram propostas sem qualquer estrutura logística e executiva que permitisse uma adequada prossecução de objectivos.
Prestar contas é uma obrigação de todos os eleitos. Os vereadores do Partido Socialista têm mantido um blog (http://vereadorespscaldas.blogspot.pt/) onde semanalmente dão conta pública do seu trabalho e que conta já com mais de 270 propostas e tomadas de posição.
Nunca em tão pouco tempo alguma vereação apresentou tantas decisões como as que neste mandato foram apresentadas em apenas dois anos. Neste site, uma base de dados política bastante funcional, é possível avaliar a abrangência dos contributos objectivos dos vereadores. Sem pretender abordar estes tópicos de forma exaustiva, podemos afirmar que, entre Outubro de 2013 e de 2015, a nossa acção permitiu impedir que fossem cometidos muitos erros graves, apresentadas soluções concretas para a resolução de dificuldades, apresentadas propostas inovadoras e denunciados numerosos atropelos à lei.
Não faremos aqui o elenco das iniciativas que tomámos. Isso encontra-se nesse blog, um documento que não nos permite falsear aquilo que é uma realidade feita de muito trabalho. Convidamos, pois, todos os eleitores a visitar essa nossa conta-corrente.
Mantivemos sempre uma conduta irrepreensível de colaboração executiva, mas também de exigência política, que, cremos, é reconhecida pelo restante executivo. Fez parte da nossa prática não poupar nos aplausos, nem nas censuras. O estudo detalhado dos dossiês, que hoje são processados e distribuídos em formato digital, por exigência nossa de que nunca abdicámos, entregues com duas semanas de antecedência, permitiu proceder a um acautelamento cuidado dos interesses dos cidadãos.
Mantivemos um contacto constante com a população que sempre nos fez chegar as suas propostas, queixas e sugestões, em gestos de cidadania franca e desamarrada, sem ligar a filiações ou simpatias partidárias. É especialmente emotivo constatar que a vida de muitos concidadãos caldenses foi, neste e naquele aspecto, melhorada apenas por causa da intervenção da vereação socialista.
Sejamos claros: o maior desafio imediato que se nos colocou e coloca é o de abater a poderosa inércia que esmaga este executivo camarário. As centenas de ideias boas que aqui chegam acabam sempre, inexoravelmente, por nunca serem consistentemente seguidas e tudo se resume constantemente a arrebatamentos sortidos, cheios de boas intenções, que nunca conduzem a lado nenhum.
Combatemos a resistência pesada de se recusar abertamente o planeamento, a calendarização, a monitorização e a avaliação. Os pelouros não comunicam, funcionam verticalmente, como torres invulneráveis, sem que se estabeleça um qualquer fio condutor que desenhe uma linha de futuro, uma que seja, para as Caldas da Rainha.
Em dois anos de mandato nenhuma reunião foi expressamente convocada para se pensar no futuro. As poucas reuniões que houve tiveram sempre o objectivo de resolver problemas prementes, provocados por uma incompreensível procrastinação que faz deixar para o último dia, tudo aquilo que deve ser pensado com um indispensável vagar.
A organização do governo desta autarquia constitui o maior problema que se coloca ao município. Sempre nos disponibilizámos a contribuir para aliviar esta carga e, perante a nossa insistência fizemos parte de júris para atribuição de concessões ou entrevistas de dezenas de estagiários. Fizemo-lo graciosamente, sem auferir qualquer remuneração.
Manifestámos sempre a nossa intenção de estabelecer caminhos congruentes para a prática decisória deste município. Criar caminhos que permitam produzir uma visão de futuro operativa e funcional. Abandonar a doutrina imperante do episódico, a dimensão dos "eventos" e abraçar uma estratégia que permita implantar nas Caldas da Rainha uma estrutura conceptual que nos guie, que afirme a sua identidade e simplifique a sua apropriação por parte de quem cá vive e de quem nos visita.
Uma identidade é sempre uma composição plural. Desejamos agregar a essa vivência das Caldas da Rainha os seus elementos mais identificáveis: a criatividade, Bordalo, D. Leonor, a cerâmica, a vocação termal, a educação e a prodigiosa oferta turística que tão descuidada e maltratada tem sido neste concelho.
Reforçar a capacidade comunicacional da autarquia, elemento em que esta é redondamente inábil; a comunicação é elemento fundamental para estabelecer uma cumplicidade cívica com o projecto colectivo da comunidade. Um projecto que ninguém acompanha porque ninguém o consegue identificar. E não o identifica, porque simplesmente não existe.
Contribuímos para uma visão de futuro ao reparar o projecto das ARUs que, sem qualquer fundamento, voltava a repetir um erro, ao excluir freguesias sem qualquer critério.
Contribuímos para a afirmação de um PEDU que, fosse ele seguido e não apenas um instrumento utilitário para a apresentação de candidaturas a fundos comunitários, poderia gerar um pensamento e um itinerário de futuro bastante interessante.
Insistimos na criação do Plano Estratégico das Caldas da Rainha, tendo sido desenhado uma agenda de conferências que este executivo aprovou, calendarizou, orçamentou, mas que nunca se dispôs a pôr em prática.
Denunciámos numerosos ilícitos, devidamente explicados em linguagem clara e minuciosa, para que todos os caldenses pudessem julgar por si sós a justeza da nossa indignação, em relação a inúmeros casos em que esta autarquia agiu de pura má-fé, violando acordos verbais, ilegais, desprezando palavras dadas e atropelando todos e quaisquer procedimentos legais mínimos; obrigando esta autarquia, neste mandato, a tomar decisões vexatórias, humilhantes mesmo, e que revelam sem margem dúvidas, um amadorismo grosseiro, uma forma incompetente e prepotente de gerir uma autarquia.
Este mandato tem sido um mandato de missão. A missão por vezes impossível de limpar a casa. Este município tem um armário cheio de esqueletos. Tem sido e continua a ser um trabalho intenso e difícil abrir as portas desse armário de par em par. A opacidade e complexidade das operações ilícitas, requer uma dedicação absoluta. As auditorias financeiras revelam, semestre após semestre, um contínuo e antigo atropelo processual que custou a este município milhões de euros e uma reputação sólida de falsidade e de impunidade.
Foi assim com o processo Vimar e a abertura do Rua Padre António Emílio; foi assim com o processo da Urcaldas, que fez com que uma escola pública e um pavilhão estivessem em situação de ilegalidade durante vinte anos e que se pagasse 2.4 milhões de euros em vez de 500 mil; foi assim com a compra da Expoeste, por 340 mil euros, depois de ter sido já paga com dinheiros públicos; foi assim com a ETAR do Landal, que obrigou a que uma família vivesse em situação de indignidade durante uma década; foi assim com a transferência da empresa de depósito de sucata de São Cristóvão para Santa Cecília e que se encontra ainda em estado de ilicitude jurídica; foi assim com a situação da Cooagrical; é assim com a compra de acções da Amo+ com dinheiro desta câmara a ser fornecido sem acordo escrito de pagamentos; foi assim com a compra de 1 milhão de euros de acções da Águas do Oeste com dinheiro do SMAS, sem nenhuma deliberação que aprovasse esse empréstimo; foi assim com os 3 milhões de euros devidos ao SMAS por obras da Mais Centro que o município recebeu e nunca pagou; será assim com os milionários processos judiciais que correm na justiça, a maior parte deles sem nenhuma razão para que tivessem ocorrido.
A displicência e o desdém a que se tem votado o Orçamento Participativo, uma conquista do Partido Socialista nas Caldas da Rainha, revela uma incompreensão absoluta do seu potencial e da sua relevância pública. A sua convocação bienal representa uma bóia de salvação de um instrumento cuja benignidade cívica não se consegue fazer vingar junto do executivo psd.
A ausência completa de uma política cultural, em resultado de uma indiferença absoluta ao projecto colectivo de identidade e de afirmação da comunidade artística. Uma indefinição indefensável quanto ao privilégio que a lei concede às escolas públicas como provedores prioritários da oferta do ensino. São muitos os esqueletos, sim. Muitos, os desafios.
A passagem do património termal representa, também ela, uma impressionante carga política que se coloca às Caldas da Rainha. Estivemos sempre contra esta forma de transmissão de responsabilidades. Não apenas por não confiarmos na capacidade negocial e funcional deste executivo, em criar a estrutura necessária para explorar devidamente aquele que é o mais relevante fundo de desenvolvimento desta terra - as suas águas termais - mas porque consideramos que a despromoção do termalismo a mero ofício de lazer representa uma afronta identitária e um erro histórico que pagaremos caro. Nada é irreversível. Lutaremos sempre pela permanência deste património, uno, no Ministério a que pertence: o ministério da saúde que com este governo e apenas com este governo se atreveu, em 500 anos de história, a encerrar-lhe as portas de forma inopinada e injusta.
Mas é no campo da saúde que temos vindo a ser especialmente interventivos. Desenvolvemos uma constante exigência pela qualidade dos cuidados de saúde nas Caldas da Rainha, reivindicando que se conserve a idoneidade técnica que permita ao CHO manter a presença de internos que tanta falta fazem aos cuidados médicos no concelho. Para tal, a nosso pedido foi pela primeira vez escutada a Ordem dos Médicos que teve oportunidade de apresentar as suas conclusões quanto ao processo de fusão e nova gestão das unidades hospitalares que constituem o novo CHO. Fizemos o mesmo em relação aos enfermeiros, cuja luta justa acompanhámos na câmara como na rua. Esta câmara aprovou um documento abertamente crítico contra a política de saúde que está a ser seguida no CHO. Organizámos os Encontros da Saúde, na sequência da presença nas Caldas da Rainha do então Secretário-geral do PS, Dr. António José Seguro, que aqui se inteirou dos estrangulamentos a que vêm sendo sujeitos os cuidados de saúde no nosso concelho. Denunciámos a interrupção temporária dos serviços da VMER por falta de pessoal, revelação que permitiu a sua imediata reactivação.
A saúde dos Caldenses encontra-se em risco de colapso. Uma ARS que insiste em tentar despromover a capacidade clínica e médica da unidade das Caldas da Rainha constitui, hoje, o principal adversário da nossa terra. Representada acriticamente por uma administração autocrática, persecutória, e apostada em destruir todos os focos de prestígio deste hospital, a ARS vem estrangulando o quotidiano hospitalar e permite que se chegue a situações caricatas como o caos recorrente das urgências, a proliferação de focos infecciosos sem nenhum controlo ou monitorização, a vergonha de ser um hospital que não envia dados à Entidade Reguladora de Saúde, com elevadores em risco de queda, nomeações contra a lei, criando condições para o abandono de pessoal médico com créditos firmados em sectores chave, pondo em risco a manutenção da maternidade, não dando resposta à necessidade urgente de uma unidade de cuidados intensivos, com a oncologia a perder médicos, uma clamorosa carência de materiais hospitalares de qualidade; a humilhação remuneratória e laboral dos enfermeiros, conduzindo ao seu despedimento e colocando protocolos de segurança em risco.
Redigimos e fizemos aprovar uma moção, por unanimidade, onde demos conta das nossas apreensões, devidamente fundamentadas e que foi remetida ao senhor Ministro da Saúde.
De um hospital pequeno, mas reconhecidamente prestigiado, com pessoal inteiramente consagrado ao serviço público, com idoneidade formativa, com uma atmosfera humana invejável e benigna, passámos em poucos anos a um cenário de um hospital sem futuro, povoado por um pessoal em constantes estado de exaustão, sustentando uma funda desmotivação, em resultado de uma continuada desclassificação profissional, uma desmaterialização de recursos e o advento de inaceitáveis receios persecutórios. Tudo em resultado de uma gestão clamorosamente incompetente, que não participa nem aposta na vida de comunidade que serve mas que nunca conheceu, não conhece nem nunca chegará a conhecer ou a respeitar.
Este é um combate de que não desistiremos, e que elegemos como o eixo supremo da qualidade de vida dos caldenses.
Ser vereador comete-nos de responsabilidades de seriedade e de diligência que só podem ser atingidas com a participação de todos. Esse é o nosso desígnio para os difíceis tempos que se avizinham.
Não sabemos o que os Caldenses irão querer de nós no tempo que nos resta deste mandato. Mas sabemos que os caldenses sabem quem somos, o que pensamos e como agimos. Fizemos muito nestes dois anos, mas nunca o fizemos sozinhos. E daqui para a frente não faremos bem o nosso papel sozinhos. É imprescindível ouvir os problemas e as propostas dos nossos concidadãos. Por isso chamámos aqui a imprensa. Para que saiba ela ser justa, assegurando aos caldenses que, não obstante o silenciamento a que somos continuada e ostensivamente sujeitos, a oposição existe e trabalha. Motiva e defende. Age e soluciona. Aplaude e condena. Pensa e progride. Produz.
Esta conferência de imprensa não pretende que aqui venhamos advogar em causa própria. Serve para o que serve: mostrar serviço. Foi para isso que fomos eleitos. Não para estar sentados em cadeiras, mas para provar que votar em nós foi um investimento cívico de cada eleitor, que nós pagamos com trabalho e com diligência. Tudo documentável.
Nós fazemos a nossa parte. Aquela que nos foi confiada há dois anos.
Vamos continuar o futuro.
Caldas da Rainha, 14 de Outubro de 2015
Rui Correia, Jorge Sobral, Filomena Cabeça, Manuel Remédios, António Ferreira, Helena Arroz, João Jales

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Conferência de imprensa - dois anos de balanço

Convite

Os vereadores do Partido Socialista convidam a população das Caldas da Rainha para participar na conferência de imprensa que irá ter lugar no próximo dia 14 de Outubro, Quarta-feira, pela 14:00 no gabinete dos vereadores, junto ao salão nobre.

Serve a presente conferência, no dia exacto do segundo aniversário da tomada de posse, para se proceder a um balanço de dois anos de vereação.

Prestar contas é uma obrigação de todos os eleitos. Os vereadores do Partido Socialista têm mantido um blog (http://vereadorespscaldas.blogspot.pt/) onde semanalmente dão conta pública do seu trabalho e que conta já com mais de 250 propostas e tomadas de posição.

Esta conferência constitui também um convite aos cidadãos que possam contribuir, de viva voz, para um desempenho que se pretende sempre mais participado e eficiente, por parte dos vereadores do Partido Socialista.

A todos fica endereçado o convite para estarem presentes.

Consigo Caldas começará o seu futuro.
Rui Correia e Jorge Sobral

Auditoria às contas da câmara confirma denúncias da oposição

A auditoria da empresa dfk referente ao primeiro semestre do exercício financeiro de 2015 volta a reflectir, preto no branco, a clamorosa ilicitude em que têm vivido as contas desta autarquia das Caldas da Rainha. Dos muitos pontos críticos que enumera vale a pena sublinhar a extrema irregularidade orçamental de dois ou três que já antes denunciámos e que esta auditoria vem expôr ainda mais claramente.

Em primeiro lugar volta a ser denunciada pela dfk essa extravagância de o município não conseguir identificar e estabilizar o activo imobilizado municipal. Por este facto as demonstrações orçamentais resultaram, resultam e, enquanto o problema não for sanado, resultarão sempre distorcidas.

A auditoria regista também uma dívida da Associação Amo+ ao município no valor de 47.738€ em resultado da venda de acções da Resioeste a esta Associação. Para que esta associação comprasse estas acções o município avançou com o dinheiro sem que existisse qualquer acordo de pagamentos. Os pagamentos continuam ainda hoje a ser feitos sem que haja qualquer documento que imponha esse pagamento. O que isto permite de suposições de ilegalidade é óbvio.

A auditoria refere a existência de dívidas do município a uma série de empresas, algumas delas caldenses, e que entraram em insolvência, no valor de 650 mil euros, dívidas que remontam a exercícios anteriores a 2001, exigindo-se que se pague a quem deve o que ainda se deva.

Mas é na relação excêntrica entre o SMAS e o município que se revela bem a ilicitude gritante em que as contas deste município têm sido apresentadas aos Caldenses.

1 - A participação do município em 2006, no valor de 1.051.340€, na empresa Águas do Oeste, SA, foi paga pelo município com dinheiro do SMAS. As acções adquiridas ficaram inexplicavelmente na posse do SMAS, embora sejam tituladas pelo município. Agora o município, para "regularizar" a situação, tenta pagar ao SMAS o dinheiro que lhe fora emprestado, mas que depois lhe será "devolvido" sob a forma de dividendos.
Tudo isto está profundamente errado e sobretudo cumpre recordar que nenhuma autorização escrita existe que aprove, seja no SMAS o empréstimo, seja no município o seu recebimento.

Importa que se perceba que este valor entrou sempre nas contas do município reflectindo um activo de 1 milhão de euros que verdadeiramente nunca possuiu, porque se tratou sempre de um valor devido a outrem, dívida essa que nunca foi declarada em qualquer documento orçamental.

Já antes os vereadores denunciaram esta ilicitude, votando contra esta operação de branqueamento contabilístico e aguardam o veredicto do Tribunal de Contas, que não pode ignorar o que foi lavrado em acta que acompanha o pedido ao Tribunal.

2 - No que respeita ao Programa Operacional Regional do Centro (Mais Centro), verifica-se mais um expediente revelador de um indesculpável descoco na apresentação pública das contas. Nesse âmbito, o município candidatou-se a obras e recebeu quase três milhões de euros da Mais Centro. A obra foi executada pelo SMAS. O município não pagou, documentadamente, um cêntimo ao SMAS. Mais uma vez, este valor de 2.917.196,24€, integrou os activos dos orçamentos do município, deturpando mais uma vez a alegadamente sólida saúde financeira da autarquia em cerca de três milhões de euros.

A auditoria conclui que este valor é devido ao SMAS e deve ser transferido para a rubrica "outros credores", e, obviamente, paga ao SMAS.

Razão tinha a oposição ao longo de tantos anos em afirmar, não apenas as ilicitudes grosseiras que se cometeram e cometem nesta autarquia, mas também em denunciar como se deturpou conscientemente as contas para anunciar um equilíbrio que se revela repleto de esqueletos no armário financeiro da autarquia.

Um mupi, dois mupis, três asneiras

O vereador Rui Correia lamentou a descoordenação clamorosa que se verificou na colocação de mupis na Rua Cândido dos Reis, e que acabou por gerar a situação caricata, tão risível como escusadamente dispendiosa, de assistir-se à instalação de um mupi exactamente a centímetros de um outro com função semelhante. Por causa desta descoordenação terão de ser executadas intervenções no pavimento que cumpriria evitar. Mais ficou expresso que este executivo não foi minimamente elucidado acerca dos conteúdos a disponibilizar nestes mupis que se pressupõe interactivo, de tecnologia táctil e do modelo de manutenção e criação desses mesmos conteúdos, facto que se deplora e revela uma lamentável prática de sigilo que a ninguém pode beneficiar.

Portugueses impõem à Direita o seu pior resultado de sempre

O vereador Rui Correia apresentou felicitações aos vereadores pertencentes à coligação partidária psd/cds pelos resultados obtidos na eleição para a Assembleia da República do passado dia 04 de Outubro de 2015, lamentando, no entanto, uma provável ausência da presença caldense na Assembleia da República.

Referiu ainda que cumpre constatar factualmente a redução de cerca de 30 mil votos destes dois partidos no círculo de Leiria, bem como a redução a nível nacional de cerca de 700 mil votos, desta forma constituindo-se este acto eleitoral como esclarecedor da condenação que o eleitorado dedicou ao governo cessante.