Equipa de vereação PS

Equipa de vereação do Partido Socialista Caldas da Rainha:
Jorge Sobral, Filomena Cabeça, Manuel Remédios, António Ferreira, Helena Arroz, João Jales e Rui Correia
Vereadores eleitos para o mandato 2013/2017: Rui Correia (Ind) Jorge Sobral (PS)

terça-feira, 29 de março de 2016

Caldas e Óbidos: reuniões partidárias na Câmara Municipal das Caldas da Rainha

Foi com estupefacção que vimos publicitada nos órgãos de imprensa regional a realização de uma reunião entre os executivos camarários das autarquias de Caldas da Rainha e de Óbidos. Uma perplexidade que resulta, não do facto de ter sido convocada, algo que os vereadores do partido socialista têm reclamado (recorde-se o depoimento dos vereadores em Janeiro de 2014 "Caldas e Óbidos: do amuo à inércia"), mas porque quando finalmente foi realizada teve o desplante de cirurgicamente seleccionar uma peculiar casta de vereadores (os que são do psd) e excluir todos os outros.

Ficámos a saber que na câmara municipal agora realiza-se reuniões de facção partidária. Ficámos a saber também que, para a definição de um plano de colaboração intermunicipal, não servem os contributos de todos os vereadores, mas apenas de alguns. E para garantir uma pluralidade de ideias escolhe-se apenas as que sejam oriundas de um único partido.
Já antes o partido socialista realizou reuniões partidárias com autarcas do concelho de Óbidos, mas teve a decência de o fazer em sede própria, nas sedes partidárias.

Aquilo que assistimos é um gesto de tão extraordinário desdém democrático que nos merece o maior repúdio e fotografa com clareza o descrédito político que estes presidentes de câmara merecem ao aceitar convocar reuniões que excluem os eleitos de grande parte da população dos seus concelhos e que, sobretudo em reuniões deste teor, exigem a participação de todos e não dos correlegionários de partido.
Alguém deve recordar-lhes que um presidente da câmara não é presidente dos eleitores do psd, mas sim de todos os caldenses e de todos os obidenses.

Ultrapassa-nos tentar perceber o que se pretendeu dizer naquela reunião às escondidas dos restantes vereadores, legitimamente eleitos, mas recusar entregar pelouros a vereadores de outros partidos para depois fazer reuniões que incluam os que os têm é um absurdo totalmente injustificável. Os vereadores a quem não foram atribuídos pelouros, por atávica e obtusa decisão partidária, são-no de pleno direito. E nenhuma razão plausível existe para transformar uma reunião de colaboração entre municípios num enclave partidário. A não ser que se considere que a preservação da Lagoa é um assunto do psd e que a Cultura, a Juventude, o Desporto, a Economia, etc., sejam questões que apenas digam respeito a vereadores com pelouro e que o contributo de todos os demais seja escusado e dispensável.

O psd não pode comportar-se como se fosse dono disto tudo. Não é. Ninguém é.

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