Equipa de vereação PS

Equipa de vereação do Partido Socialista Caldas da Rainha:
Jorge Sobral, Filomena Cabeça, Manuel Remédios, António Ferreira, Helena Arroz, João Jales e Rui Correia
Vereadores eleitos para o mandato 2013/2017: Rui Correia (Ind) Jorge Sobral (PS)

terça-feira, 26 de maio de 2015

Cuidar de nós - um balanço político para o dia do município

Chama-se amor pela nossa terra. Amar as Caldas da Rainha é aquilo que une todos quantos, de todas as áreas políticas, lutam por um presente melhor. Ninguém tem o pelouro do amor pelas Caldas. Todos fazemos o melhor para lhe dar mais luz, mais cor, mais ânimo, mais esperança. Todos os dias, quem quiser ser justo com esta terra, encontra motivos de orgulho e descobre novas belezas, de tirar a respiração, que nos empolgam a querer fazer mais por todos quantos aqui vivem.

Os vereadores do Partido Socialista renovaram em Outubro de 2013 um voto cívico que quer desbravar novos horizontes. A importância deste mandato é enorme. Ele tem de marcar um corte sereno e resoluto com o passado. Não encontrámos surdez por parte do partido da maioria. Todos reconhecem na nossa acção um apoio imprescindível para procurar as melhores soluções para os problemas dos Caldenses.

É mesmo justo dizer que possuímos hoje condições de trabalho que foram sempre negadas ao trabalho dos vereadores socialistas na Câmara durante décadas. Mas todos os dias nos apercebemos do erro crónico em que vive este concelho, que recusa a atribuição de pelouros a elementos de outros partidos eleitos pelos Caldenses. O resultado é termos um executivo mínimo com superpelouros e uma sobrecarga de competências que a única coisa que produz é a superinércia e a superasneira. Dossiês de milhões de euros são tratados sem qualquer tempo para reflexão e sem tempo para acompanhamento. As melhores ideias não são acompanhadas com o vagar com que deveriam ser. E as asneiras sucedem-se, humanas e inevitáveis.

Vivemos um momento histórico de enorme relevância. O único governo que foi capaz de encerrar definitivamente o nosso hospital termal, matriz da nossa identidade e motivo de esperança para a saúde de milhares de visitantes decidiu empurrar-nos a todos para um beco sem saída: ou pagam os Caldenses aquilo que devia ser o ministério da saúde a pagar, ou morre o termalismo nas Caldas da Rainha.

Este é um dilema impossível. Este governo acha que o termalismo não serve para curar nada e acha que nenhumas termas devem pertencer ao Sistema Nacional de Saúde. Ouvir de voz presente o ministro da saúde dizer que não está disponível para pagar comida a patos e pavões (?) e que, por ele, os pavilhões do parque podem cair, revela uma tal insensibilidade pelo termalismo em geral e pelo termalismo caldense em particular que nos deve chocar a todos.

Acreditamos em coisas simples que os cientistas nos documentam até à exaustão: o termalismo melhora muito a qualidade de vida de milhões de pessoas em todo o mundo. O termalismo moderno é sustentável; o Estado deve escutar os cientistas, ser um activo empreendedor do turismo de saúde e repor as comparticipações dos tratamentos termais a todos quantos queiram usufruir de saúde por hidroterapia. Termalismo não é coisa de ricos, como muito bem percebeu a rainha D. Leonor, que apenas fez obras nas Caldas depois de ouvir os físicos, os cientistas do século XVI.

Mas a saúde não se fica pelo termalismo. Nunca os serviços de saúde foram tão agredidos nas Caldas da Rainha como com este governo. Há poucos anos tínhamos orgulho no Hospital das caldas. Hoje temos medo de lá ir parar. Isto é obra deste governo. Um governo que conta em Lisboa e nas Caldas da Rainha com uma governança hospitalar prepotente e de impulsos que vê na prestidigitação de números a solução para todas as suas colossais insuficiências. Gestores autocráticos que sempre que abrem a boca é para tentar demonstrar, por A mais G, que tudo aquilo que os Caldenses vêem, sentem e concluem quando vão ao hospital é mentira.

Pode estranhar-se a importância que num boletim destes damos à saúde. Mas é que vivemos um estado de colonização: estamos colonizados por uma ideia. A de que a saúde é e deve ser um negócio. Não é. Não tem de dar lucro. A saúde é a razão principal para que todos paguemos impostos. A primeira de todas as razões. Depois, só depois, as outras todas. Todo o dinheiro que pagamos ao Estado deve servir para que qualquer pessoa possa viver em saúde.

Sabemos o que está em curso e já o denunciámos antes: querem inviabilizar o hospital das Caldas da Rainha, mesmo que para isso as grávidas tenham filhos em ambulâncias e se obriguem 200 mil pessoas a viajar distâncias despropositadas para tratamentos; querem fazer com que as estatísticas demonstrem que Caldas da Rainha é descartável. Opor-nos-emos a este conluio para a desclassificação do hospital das Caldas da Rainha. Devolver a dignidade ao nosso hospital e ao pessoal hospitalar é uma das principais tarefas para este mandato.

A acção da vereação do partido socialista na Câmara Municipal das Caldas da Rainha tem sido devidamente publicitada através do blog http://vereadorespscaldas.blogspot.pt/, onde todas as semanas são publicadas as intervenções e acções concretas dos vereadores pela melhoria da qualidade de vida de todos os caldenses.

O contexto presente de crise das famílias impõe aos municípios que sejam eles muitas vezes quem deve dar resposta ágil aos problemas que deveria ser o governo a solucionar. Junta-se a essas autarquias o município das Caldas da Rainha que, no que diz respeito ao apoio a estudantes com bom desempenho escolar e que não possuem meios económicos para continuar estudos superiores, permite a este alunos que possam candidatar-se a bolsas de estudo no valor de 700 euros. Propusemos que fosse alargado para 45 o número total de bolsas a atribuir anualmente a estes alunos. A medida foi aprovada por unanimidade.

Introduzimos no orçamento para este ano rubricas novas e outras que haviam desaparecido como a construção de novos parques e jardins; a reabilitação de zonas carenciadas do bairro das morenas, colocando um ponto final nas casas pré-fabricadas propriedade da Câmara onde vivem famílias em condições inadmissíveis; a orçamentação de aquisição de património artístico e arqueológico que correm risco de desaparecimento como azulejaria da madame Staal; a orçamentação para a aquisição do moinho de madeira do Zambujal, Alvorninha, único na região; a orçamentação de conversão de luminárias para iluminação pública inteligente e contemporânea; a inclusão de rubrica orçamental para a criação de um parque urbano na entrada poente das Caldas da Rainha; a integração orçamentada de um plano de estratégia para as Caldas da Rainha que se articule com outros estudos que estão a ser executados; a manutenção do propósito de construção das variantes para Santa Catarina e para a Benedita; abertura de rubrica para a reactivação da elaboração da carta cultural concelhia; ampliação dos benefícios para o Cartão Municipal do Idoso, entre outras propostas que obtiveram aprovação.

Constatamos que a experiência do fraco desempenho do fundo de emergência social continua sem perspectiva de futuro, dando-se a entender que o problema reside nas associações que não recorrem a este fundo de 150 mil euros e que conhece um exercício insignificante, como se dezenas de milhares de euros de apoios sociais não fizessem falta a ninguém neste momento. É penoso ver tantos caldenses a sofrer na pele os efeitos de uma crise inédita na nossa geração e haver dinheiro disponível para os ajudar que este executivo retém fechado a sete chaves num cofre orçamental.

Consideramos que devemos continuar a lutar contra serviços veterinários municipais a laborar em absoluta ilegalidade e ver nisso um imperativo de saúde pública que deveria ser imediatamente corrigido e orçamentado. É inaceitável continuar a ver no arquivo municipal uma espécie de contínuo arquivo morto que nunca avança, ao mesmo tempo que muito se diz acerca da sua indispensabilidade, enquanto a memória histórica documental se vai extraviando ou degradando. Vemos que esta maioria psd nenhuma prioridade orçamental confere ao desenvolvimento agrícola, nomeadamente pelo ressurgimento de estruturas de apoio científico e tecnológico já existentes no concelho; nenhuma rubrica orçamental se orienta especificamente para o apoio a estruturas de criação de empresas e de emprego. O orçamento para a cultura, numa comunidade em que a cultura assume-se como uma relevante alavanca criadora de emprego e de rendimento para centenas de famílias, não encontra nenhum incremento ou estratégia. Temos uma câmara que continua a obrigar os caldenses a pagar impostos escusadamente mais altos, nomeadamente na retenção de irs, para pagar os encargos de um património termal que não está sequer ainda nas mãos da câmara.

Entre muitas outras, são estas algumas das decisões que não acompanhamos e que carecem de resolução urgente.

Amamos a nossa terra e sabemos como ela é deslumbrante. Temos muitos adversários temíveis e, não nos iludamos, um deles é a falta de civismo. Temos problemas graves em matéria de respeito pela propriedade pública. De pouco adianta condenar uma câmara por não conseguir impedir o estacionamento no largo do Hospital, se forem os próprios Caldenses a escolher aquele local para estacionar o seu automóvel, com um parque a cem metros dali. Temos de ser melhores. Parar em segunda e terceira fila, deitar lixo para o chão, sujar paredes e fazer barulho até às seis da manhã em zonas residenciais é coisa de quem tem de saber que precisa de mudar. Estamos todos apostados em mudar. Todos erramos. Mas todos aprendemos uns com os outros. Todos podemos, devemos, ser melhores. Palavras como limpeza e segurança significam também riqueza para uma terra que não pode deixar de ser bonita e limpa, se quer ser termal e com empregos a sério.

Acreditamos numa política apeada. É preciso saber o que se passa na vida fora dos gabinetes municipais. Saudamos todos os Caldenses que, nas assembleias de freguesia, de todos os partidos e movimentos, fazem um trabalho imprescindível de cuidar da coisa pública, na maior parte dos casos por mero imperativo de nobreza. Honra-nos estarmos convosco e é junto de vós e da população que encontrarão sempre a nossa equipa de vereação e o nosso abraço.

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