Estiveram presentes a convite do Executivo Municipal, representantes do SEP - Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, a fim de prestarem esclarecimentos relativamente à iminência de “despedimentos” de enfermeiros no CHO – Centro Hospitalar de Caldas da Rainha e quanto à prestação de cuidados de saúde aos munícipes.
O Vereador Rui Correia usou da palavra e manifestou o grau de preocupação que se vai tendo relativamente aos despedimentos dos profissionais de saúde, nomeadamente, se os mesmos poderão por em causa a prestação dos cuidados de enfermagem. Questionou ainda a forma como o sindicato encara todo este processo, se é de atender a estas preocupações e se existe no CHO clima de insatisfação relativamente a falta de materiais para um correcto atendimento dos doentes.
Foi referido pelo Sindicato dos Enfermeiros que com a reorganização do Centro Hospitalar o Conselho de Administração do CHO, decidiu não renovar contratos de trabalho e despedir 30 enfermeiros subcontratados, a partir de 16 de Janeiro e de mais 10, até 31 de Março de 2014, apesar do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses ter demonstrado que estes profissionais são necessários nas unidades hospitalares que constituem o CHO.
O Senhor Presidente da Câmara colocou algumas questões, nomeadamente quanto ao número de camas necessárias, bem como quanto ao rácio de enfermeiros necessários no CHO. Pelas representantes do SEP foi referido ainda, sobre as questões formuladas, o seguinte:
- Estão em divida aos enfermeiros mais de 3000 dias de folga;
- o número de macas nos serviços e nas urgências, aumentaram sem que houvesse reforço das equipas de enfermagem;
- Existem serviços que devido ao número insuficiente de enfermeiros alocados à prestação de cuidados, são os da área da gestão que asseguram esses cuidados;
- Existem serviços que, fruto da reorganização hospitalar, passaram a abranger mais 15000 cidadãos, sem que tenha havido um estudo prévio das possíveis consequências e de respostas integradas, o que determina o caos que hoje se vive naqueles serviços;
- O desgaste pelo elevado ritmo de trabalho, tem determinado que em alguns turnos, os serviços estejam a funcionar com o número mínimo colocando em causa a segurança dos profissionais e dos doentes;
- É previsível a saída de enfermeiros através de concursos que estão a ser finalizados na ARS de Lisboa e Vale do Tejo.
- Que existem cuidados que se encontram a ser sonegados aos doentes internados.
- O aumento dos doentes se deve à abrangência das localidades de Alfeizerão, São Martinho do Porto e Benedita.
- O reforço dos cuidados de saúde primários, são o parente pobre na área da saúde, por não existirem equipas que efectuem esse acompanhamento nas casas dos doentes.
Solicitando na salvaguarda da segurança e qualidade dos cuidados prestados aos utentes no CHO, urgente intervenção dos eleitos autárquicos no sentido de impedir os referidos despedimentos.
O Sr. Presidente da Câmara agradeceu a presença dos representantes do sindicato dos enfermeiros e informou que estava agendada um visita ao CHO na sexta-feira.
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