Equipa de vereação PS

Equipa de vereação do Partido Socialista Caldas da Rainha:
Jorge Sobral, Filomena Cabeça, Manuel Remédios, António Ferreira, Helena Arroz, João Jales e Rui Correia
Vereadores eleitos para o mandato 2013/2017: Rui Correia (Ind) Jorge Sobral (PS)

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Vereadores recordam outras rotas por inaugurar

Os vereadores do Partido Socialista manifestaram a sua satisfação pela inauguração da Rota Bordaliana que sublinha um eixo identitário que desde sempre consideraram essencial, embora longe de ser o único, para a afirmação da marca Caldas da Rainha.

Consideram, contudo, que a prática deste executivo psd em não consultar nenhuma opinião da oposição quanto a este meritório projecto revela uma visão acanhada que acaba sempre por redundar nos mesmos problemas de sempre. Basta considerar que a única coisa que foi proporcionado debater com os vereadores foi o formato das coberturas em vidro. Como duas cabeças pensam melhor do que uma, muitos dos problemas que já hoje, a um dia da sua inauguração, se verificam (peças vandalizadas, materiais mal escolhidos, localizações questionáveis e instalação artística pouco criteriosa), poderiam ter sido antecipados e evitados.

Em todo o caso, a rota está aí e congratulamo-nos por isso.

Consideramos, de resto, que o turismo da nossa terra tem de proporcionar oportunidades de vivências diversificadas. Não adianta trazer visitantes à nossa terra se não tivermos pensada uma estratégia vocacionada para o designado "turismo de experiências". A elaboração de rotas pode ser um caminho a seguir; é necessário, contudo, que se trate de rotas devidamente enquadradas por um conjunto de guias e guiões interactivos, servidos por estruturas logísticas, ainda que mínimas, que permitam acolher uma variedade de interesses específicos do visitante, porque nenhum visitante deve ser recebido como sendo igual a todos os outros.

Nesse sentido, propomos a criação de outras rotas que podem ter efeitos economica e culturalmente multiplicadores: a rota da escultura e a rota botânica. São percursos que permitirão gerar uma oferta de indesmentível valia. O espólio escultórico, material e humano, que Caldas da Rainha possui exige que, antes de mais, se promova uma urgente política de manutenção e limpeza destes conjuntos escultóricos. Esse manancial de recursos permite, em eventual articulação com os ateliers-museu e o simpósio simppetra, criar uma experiência turística de grande valor cultural.

De igual modo, o acervo botânico excepcional de que dispomos neste concelho deve ser pragmaticamente sintetizado num dispositivo simples de acompanhamento do turista que inclua material interactivo de divulgação, guias convidados e um calendário exequível e funcional. Com estas medidas, simples mas indispensavelmente funcionais e congruentes, conseguiremos envolver o visitante num contexto turístico plural de fruição da riqueza patrimonial da nossa terra.

Mais uma vez, para além de servir para melhor dar a conhecer aos visitantes o nosso património, consolidaremos a nossa consciência identitária e estimulamos a desejada apropriação cívica por parte de todos quanto aqui residem.

Recordamos que têm sido sugeridas outras rotas por outros agentes com grande interesse e cujo mérito acompanhamos. Incluímos nestas a rota dos pomares em flor e a rota dos artesãos.

Cumpre concluir com a relevante nota de que grande parte do material necessário à elaboração destes percursos encontra-se já disponível, bastando estabelecer protocolos de colaboração com um conjunto de pessoas e entidades que já demonstraram que dispomos da massa crítica suficiente para pôr estes recursos existentes no curso desejado, um que contribua para gerar riqueza, dinamismo e uma sólida empatia pelas vivências proporcionadas.

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