Equipa de vereação PS
quinta-feira, 30 de outubro de 2014
Estudo de viabilidade económico para o Hospital Termal: outra boa ideia completamente fora de tempo.
Fazer um estudo de viabilidade económica, num momento em que se ignoram as mais elementares variáveis endógenas e exógenas que determinam o sucesso deste empreendimento, constitui, em nosso entender, uma excentricidade dispendiosa.
Importa ressalvar que a proposta pretende que seja realizado um estudo de viabilidade económica e não um estudo de teor estritamente financeiro. Assim compreendido, haverá lugar a conclusões referentes ao modelo de gestão a adoptar, ponderação que nos parece fundamental que seja acompanhada pelas conclusões grupo de trabalho entretanto criado e apoiado pela autarquia e que reconhecidamente, está a fazer um trabalho de que se esperam conclusões operacionais de relevância.
Não consideramos apropriado que se criem estruturas de reflexão paralelas, sobre o hospital termal, desgarradas, redundantes e que possam concorrer entre si com soluções excessivamente incompatíveis.
Não aceitamos, ademais, que se assuma como inevitável a pulverização do património termal. Achar que se pode fazer um estudo de viabilidade económica sem integrar parque, mata, pavilhões, casino, balneários, furos e hospital representa uma opção ideológica que atira para o erário público tudo quanto onera e selecciona criteriosamente para os parceiros privados ou sociais tudo quanto pode ser rentável. Não acompanhamos este ponto de vista pelo qual a carne fica para poucos e os ossos para muitos.
Sugerimos ao cds-pp que esta proposta fosse apresentada em tempo oportuno, ampliando assim a sua efectiva utilidade, eventualmente em articulação próxima com as conclusões de outros relatórios. Essa proposta foi recusada.
Prolongamento de avenças - como desbaratar dinheiro público.
Representação autárquica diminui em escolas do concelho
Praça da Fruta - um regulamento para rever
1 - Aprovar a Proposta de Regulamento da Praça da Fruta;
2 - Submeter a mesma a inquérito público, pelo prazo de 30 dias, nos termos do artigo 118º do Código do Procedimento Administrativo;
3 - Remeter à assembleia municipal para conhecimento.
Orçamento 2015: quebrar práticas antigas de autismo
16 de Março - evento nacional
Inauguração do novo tabuleiro da praça
Pelo Vereador Rui Correia foi sugerido face às obras realizadas naquela praça, a elaboração de uma pequena brochura, contendo uma narrativa histórica da pesquisa, levantamento e execução dos trabalhos efectuados na Praça da República, com intuito de dar a conhecer aos caldenses uma pequena memória histórica do próprio tabuleiro, elemento afectivo da identidade das Caldas da Rainha.
quarta-feira, 22 de outubro de 2014
2015: um orçamento mais próximo da realidade
Desta forma, embora pareça, o orçamento da Câmara Municipal das Caldas da Rainha não é, no global, menor, do que em anos anteriores. Submete-se, isso sim, a uma idoneidade contabilística capital que há muito era reclamada pelos vereadores do partido socialista, eliminando verbas fantasma com vista a encobrir uma gestão imprópria dos dinheiros públicos.
Consideramos que este orçamento, corajosamente, devolve credibilidade a um documento essencial que não serve para nada se não pugnar pela transparência. Um orçamento serve para que se perceba o que os políticos andam a fazer com o dinheiro dos cidadãos. Nunca, até hoje, o orçamento da Câmara Municipal das Caldas da Rainha serviu para algo mais que não fosse a prestidigitação de números e a opacidade financeira do município.
Enaltecemos e acompanhamos, por isso, esta decisão do presidente que acolhe uma virtuosa censura socialista, reconhecendo, finalmente, que aquilo que o partido socialista sempre disse era justo e era próprio. Errado não é errar. Errado é não corrigir erros. Este orçamento corrige erros crassos do passado.
Por sugestão dos vereadores do partido socialista, este orçamento resulta também pela primeira vez de um trabalho conjunto, prévio, que permitiu que fossem conhecidos os constrangimentos financeiros conjunturais, as prioridades do executivo e corrigidas numerosas lacunas e deficiências que os primeiros documentos preparatórios continham.
Foi assim que introduzimos rubricas novas e outras que haviam desaparecido do orçamento como a construção de novos parques e jardins; a formação de trabalhadores das ETARs que nos revelaram ter tido formação apenas nos anos setenta do século passado; a reabilitação de zonas carenciadas do bairro das morenas, nomeadamente visando a construção de um parque comunitário e requalificação de espaços adjacentes, colocando um ponto final nas casas pré fabricadas propriedade da Câmara onde vivem famílias em condições inadmissíveis; abertura de rubrica para a instalação do Museu Joaquim Alves; a orçamentação de aquisição de património artístico e arqueológico que correm risco de desaparecimento como azulejaria da madame Staal; a orçamentação para a aquisição do moinho de madeira do Zambujal, Alvorninha, único na região; a orçamentação de conversão de luminárias para iluminação pública inteligente e contemporânea; a inclusão de rubrica orçamental para a criação de um parque urbano na entrada poente das Caldas da Rainha; a ampliação de 35 para 45 bolsas de estudo para alunos do ensino superior; a integração orçamentada de um plano de estratégia para as Caldas da Rainha que se articule com outros estudos que estão a ser executados; a manutenção do propósito de construção das variantes para Santa Catarina e para a Benedita; abertura de rubrica para a reactivação da elaboração da carta cultural concelhia; ampliação dos benefícios para o Cartão Municipal do Idoso, entre outras propostas que obtiveram aprovação.
O orçamento para 2015 é um orçamento que reflecte a conjuntura que atravessamos e por isso não é inesperado que espelhe um exercício autárquico sem nenhuma ambição, sem nenhum projecto e que seja percebido como um instrumento de continuidade, em matéria de rubricas financeiras. Consideramos, contudo, que um orçamento do partido socialista, com o mesmo dinheiro, faria muito diferente do que este orçamento faz.
Constatar que a experiência do fraco desempenho do fundo de emergência social continua sem perspectiva de propagação, dando-se a entender que o problema reside nas associações que não recorrem a este fundo de 150 mil euros e que conhece um exercício de 47 mil, como se cem mil euros de apoios sociais não fizessem falta a ninguém neste momento. É penoso ver tantos caldenses a sofrer na pele os efeitos de uma crise inédita na nossa geração e haver dinheiro disponível para os ajudar que este executivo retém fechado a sete chaves num cofre orçamental.
Considerar que devemos continuar a persistir em ter serviços veterinários municipais a laborar em absoluta ilegalidade e não ver nisso um imperativo de saúde pública que deveria ser imediatamente corrigida e orçamentada.
Considerar que a conclusão do traçado da circular interna das Caldas da Rainha não constitui outra prioridade para, entre outras virtudes, desviar do centro da cidade os percursos de veículos prioritários.
Continuar a ver no arquivo municipal uma espécie de contínuo arquivo morto que nunca avança, ao mesmo tempo que muito se diz acerca da sua indispensabilidade, enquanto a memória histórica documental se vai extraviando ou degradando.
Verificar que a conversão energética de transportes públicos abandona o biodiesel - presente durante anos a fio nos orçamentos sem que nada nunca fosse executado - sem apresentar alternativas, leva-nos a pensar que o pacto de autarcas subscrito por esta autarquia não passa de uma benigna e irrealista soma de intenções. Este orçamento diz-nos com claridade que Caldas da Rainha não possui nenhum plano concretizador para diminuir o consumo de combustíveis fósseis, aquele que é, sem dúvida, o maior contribuinte para a pegada ecológica deste município.
Considerar que nenhuma prioridade orçamental deve ser conferida ao desenvolvimento agrícola, nomeadamente pelo ressurgimento de estruturas de apoio científico e tecnológico já existentes no concelho.
Verificar que nenhuma rubrica orçamental se orienta especificamente para o apoio a estruturas de criação de empresas e de emprego.
Considerar que o orçamento para a cultura, numa comunidade em que a cultura assume cada vez mais, não apenas um elemento identitário de criação, mas também uma relevante alavanca criadora de emprego e de rendimento para centenas de famílias, não encontra neste orçamento nenhum incremento ou estratégia financeira. Constatamos que, de 2013 para 2015, o orçamento para a cultura recuou em cerca de um milhão de euros.
Aceitar que a câmara continue a obrigar os caldenses a pagar impostos escusadamente mais altos, nomeadamente na retenção de irs, para pagar os encargos de um património termal que não está nas mãos da câmara.
Entre muitas outras, são estas algumas das decisões que não acompanhamos e que carecem de uma resoluta determinação. Vontade política. Trata-se de propostas, como de costume, assentes num sentido absoluto de realidade que deve suportar estes documentos.
Continuamos a verificar que existe uma renitência em apresentar um documento político de estratégia financeira que preceda a discriminação dos números e esclareça os caldenses sobre os princípios que fundamentam as decisões tomadas por este executivo. Até ao momento desta deliberação não foi entregue nenhum texto que enquadre o orçamento.
Com este orçamento, Caldas da Rainha recua, não progride como pode. Trata-se, reiteramo-lo, de um orçamento que é mais sério do que o costume, mais participado do que o costume, mas mais indolente do que o costume, mais resignado e inerte do que o costume. Um orçamento que corta pela raiz a esperança de os Caldenses verem a sua comunidade crescer.
Consideramos que foram dados passos procedimentais muito relevantes na execução deste orçamento, mas não podemos aprovar um orçamento que procura apenas fazer face financeira a uma reabilitação urbana dispendiosa, disfuncional e perdulária e que, por causa dela, não permite que se mexa em mais quase nada, quando seria necessário fazer tanto melhor, sobretudo agora.
segunda-feira, 13 de outubro de 2014
Regeneração urbana: uma colossal impostura e uma oportunidade perdida
Bons alunos vão ter mais bolsas de estudo
O vereador Rui Correia considerou que o contexto presente de crise das famílias impõe aos municípios que sejam eles muitas vezes quem deve dar resposta ágil aos problemas que deveria ser o governo a solucionar. Junta-se a essas autarquias o município das Caldas da Rainha que, no que diz respeito ao apoio a estudantes com bom desempenho escolar e que não possuem meios económicos para continuar estudos superiores, permite a este alunos que possam candidatar-se a bolsas de estudo no valor de 700 euros. Considerando que são ainda muitos os alunos que tendo excelentes notas escolares não chegam a beneficiar destas bolsas, por causa de um numerus clausus que obriga os serviços de acção social a ter de recusar um apoio que os próprios serviços sentem como mais do que justo, o vereador Rui Correia propôs que fosse alargado para 45 o número total de bolsas a atribuir anualmente a estes alunos. A medida foi aprovada por unanimidade.
Auditoria financeira externa confirma críticas do PS
O vereador Rui Correia manifestou o seu apoio em princípio à implementação de rotinas de auditoria externa e independente às contas dos municípios. Caldas da Rainha junta-se finalmente à prática corrente já antiga um pouco por todo o país, o que se enaltece. Manifestou à representante da DFK & associados que se espera do seu trabalho a mais irrepreensível independência e rigor, que passa a estar, a partir deste momento, em estado de constante comprovação. Considerou que o relatório apresentado divulgou muitas das deficiências de serviço que o PS vem expondo há muitos anos, de que destacou o adiamento sucessivo de resolução de contas por pagar, algumas datando de 2001, e que, por razões que não são transparentes, permanecem por pagar; a inaceitável confirmação pela qual o município não possui ainda uma relação dos bens imóveis que possui, situação fundamente anómala e que se repete de ano para ano, não podendo deixar-se de se tornar suspeita, como se a alguém interessasse que não se saiba o que a Câmara Municipal possui em matéria de activos imobilizados. O relatório fez eco cabal das críticas que o PS sempre reiterou, no que diz respeito à inclusão em conta de transacções de imóveis que nunca se pretende que venham a ser concretizadas, existindo apenas com o intuito de se constituírem expedientes contabilísticos que permitam o transporte de verbas entre operações financeiras.
Finalmente, referiu o vereador que estes relatórios, de que este é apenas um primeiro tentame, devem estas irregularidades funcionais, algumas delas especialmente penosas e vexatórias para os Caldenses, ser brevemente corrigidas, devendo os serviços contabilísticos e financeiros dar conta em breve das medidas que implementará para corrigir sucessivos erros que vêm sendo cometidos de há anos.