Se entendermos que este espaço então firmado, se encontra nas margens do Concelho de Caldas com Óbidos, não se pode aceitar que responsáveis de um partido, que, como qualquer outro, se propõe assumir responsabilidades na autarquia das Caldas, proponha o fim de mais de quinhentos anos de assistencialismo, numa região que sempre servimos como singular humanismo. Esperava-se, de resto, do Presidente da Câmara, Tinta Ferreira, presente nessa sessão pública, que tivesse vindo a terreiro defender que, a haver novo Hospital, ele deve ser construído no Concelho de que é Edil. Pode ler-se no Jornal das Caldas que o Presidente da Câmara Tinta Ferreira, “voltou a frisar que a ligação a Torres Vedras revelou-se desastrosa para as Caldas da Rainha e que a questão da localização é um problema”, acabando por concordar com a proposta apresentada pelo CDS. “Esta proposta encaixa naquilo que considero ser a área de influência das Caldas” Opinião que é reiterada pela Gazeta das Caldas, segundo a qual: “O Presidente da Câmara, disse que esta proposta “encaixa” na sua ideia da criação de um novo hospital nas Caldas ou num raio de três a quatro quilómetros deste concelho”.
Em Conclusão, o Partido Socialista reitera que o que devemos continuar a reclamar é que seja construído um novo Hospital para substituir o Hospital das Caldas da Rainha que já não corresponde às necessidades da região. Colocar em discussão a localização nesta altura, só poder ter como objectivo envenenar o ambiente e dificultar uma análise construtiva para o sector. Ao Presidente da Câmara pede-se ponderação nas afirmações que produz. Exigindo-se-lhe a defesa dos interesses deste concelho, na defesa do património que os anteriores construíram, preservaram e deixaram à guarda daqueles que hoje detêm o poder de gerir. Não se deitam mais de cinco séculos de serviço às populações borda fora com esta ligeireza de afirmações. Como Vereador desta Câmara, foi com surpresa que conheci tais afirmações. Não percebi sequer ainda o que leva o CDS a despoletar esta discussão, uma vez que não está prevista qualquer construção de um novo hospital para a região.
O que se perfila são algumas obras de melhoramento do actual Hospital das Caldas. Melhoramentos a que devemos dar toda a atenção, para que se realizem dentro do tempo prometido. Não consigo perceber, e o Partido Socialista não pode aceitar, que se prepare um ambiente que possibilite que amanhã, possamos vir a aceitar sem mais, a construção de um novo hospital fora do nosso Concelho. A colocação nas Gaeiras de um novo Hospital, conforme defende o CDS, seria inverter o rumo da história. Aquando das invasões francesas, era das Gaeiras que vinham em padiolas e carros de bois, os soldados franceses feridos para serem tratados o Hospital nas Caldas. Repetimos: cinco séculos de História não podem ser apagadas por interesses de quem tem uma conjuntural e imperfeita sede de protagonismo. Estas afirmações revelam um profundo desamor por esta Terra e por estas gentes.
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