No início de um mandato tão exigente como se prevê que este o seja, os vereadores do partido socialista manifestaram ao Sr. Presidente da Câmara a sua completa disponibilidade para apoiar todas as iniciativas deste executivo que contribuam para a implementação de um renovado exercício da política neste concelho. Uma época de emergência social como a que atravessamos exige de todos os eleitos uma premência especial de desempenho. Um novo figurino de dinamismo político e uma nova atitude proactiva. Por isso desejamos dar o nosso contributo de uma forma sempre mais activa e interveniente. Julgávamos ter encontrado nas palavras do Presidente Tinta Ferreira, no decurso da tomada de posse, o eco desta nossa determinação que, estamos seguros, traria vantagens para a administração e para o governo deste concelho. A experiência que os vereadores do partido socialista possuem em diversos domínios tem a vantagem de poder gerar mais valias relevantes para melhorar a vida dos nossos concidadãos, caso se desejasse potenciar este contributo.
Consideramos, pois, decepcionante que, meia hora após o
referido discurso, o Sr. Presidente faça um rodopio de 1800 e reinvista
numa censurável prática anterior, politicamente obsoleta, de não conceder
pelouros a nenhum dos vereadores da oposição. Com esse gesto, não apenas ludibria
a sua própria apologia de unidade executiva, como repete um erro antigo, gerando
uma inútil sobrecarga de competências nos vereadores do seu partido, desta
forma sentenciados à ineficácia e à indiligência. O novo presidente sucumbe a
uma visão meramente partidista e arcaica da política, baseada na desconfiança e
na subalternização do contributo dos restantes vereadores.
Deste modo, perde todo o sentido aceitar incumbências
sortidas, que repisam convites anteriores que já antes haviam sido declinados. Estamos
disponíveis para apoiar a representação da Câmara Municipal das Caldas da
Rainha junto das entidades parceiras, porque as compreendemos como parte indeclinável
das nossas atribuições, mas declinamos a aceitação de coordenação de dossiês técnicos,
como forma veemente de protesto contra uma visão estreita e avarenta destas delegações
de competências, que coloca os interesses partidários acima dos interesses da
população, razão superior do nosso exercício e dedicação.
Sem comentários:
Enviar um comentário