Os vereadores do partido socialista votaram contra este aumento de impostos municipais por considerarem excêntrica a justificação do Sr. Presidente da Câmara
para que tal suceda. Aumentar os impostos para suportar os custos do património termal é algo que não acompanhamos. Em primeiro lugar porque não existe qualquer decisão formal definitiva que assaque ao município a manutenção do património do Hospital. Além do mais, recordamos que o município tem sido completamente incapaz de defender os interesses das Caldas. Inicialmente afirmara nunca aceitar este património sem uma contrapartida financeira que permitisse a recuperação de alguns dos imóveis em questão, bem como uma verba substantiva, anual, para a sua manutenção. Não conseguiu nem uma coisa nem outra. Pelo contrário apenas conseguiu obter uma proposta de protocolo que impõe sobre as contas da Câmara um peso desmedido e desproporcionado.
Verifica-se que este executivo reage sobre este assunto com uma plácida resignação, submetendo-se à vontade injusta de um governo que amputou financeiramente o termalismo nas Caldas da Rainha e que nada quer ter a ver com o património termal cujos custos e despesas, não apenas acompanha como quer imputar em exclusivo ao orçamento municipal.
Consideramos que a proposta ministerial de concessão do património termal é injusta e impõe-se que seja muito contestada e rebatida por todos os Caldenses, unidos, com argumentos de mera justiça orçamental. Aumentar os impostos dos Caldenses por mais uma injustiça que o Governo lhes impõe é algo que não subscrevemos. Ao aumentar o imposto em sede de devolução de irs, o recém-eleito Presidente da Câmara contraria em absoluto o que prometera aos eleitores. Prometeu-lhes que manteria os 3% de devolução do IRS aos Caldenses e agora reduz a devolução para 2%.
Quanto à derrama, os vereadores do PS propuseram que a derrama se reduza e se converta numa taxa inteligente, graduada, em função do volume de negócios, que apoie as empresas e as incentive ao lucro e à criação de emprego no concelho. Também aqui o Sr. Presidente contraria o que prometeu em campanha. Em campanha propusera uma redução para “metade” – nas Caldas da Rainha era de 1,75%. Propõe agora que se mantenha exactamente como está. É exactamente por isto, por valer tudo em campanha, por causa desta facilidade em prometer tudo quanto se não vai cumprir, que a política vai enterrando-se em descrédito e em populismos baratos que nos sairão caros a todos.
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