As Caldas da Rainha atravessam um período de encruzilhada histórica. A sua vocação termalista será deteminada pela qualidade e profissionalismo das decisões que estão a ser tomadas. O ano de 2017 desenhará a parte maior do figurino que modelará o seu futuro próximo.
A vereação do partido socialista considera que muitos foram os erros já cometidos, nomeadamente na pulverização do património termal, que constituiu desde sempre uma congruente unidade que, tarde ou cedo terá de ser restaurada.
A importância que o contexto da saúde desempenha neste concelho é, de resto, crucial para desenhar um futuro promissor. O que temos neste domínio é pouco mais do que intimidante. Obras que tardam e especialistas de renome que se reformam sem substituição, uma precarização de trabalhadores indispensáveis por vezes há décadas ferem a estrutura hospitalar que assiste aos caldenses.
No domínio do urbanismo é necessário recuperar de décadas de ausência total de planeamento que transformaram uma bonita cidade num descampado de ideias soltas, desgarradas, sem qualquer coerência entre si.
A sociedade digital tarda em desenvolver-se num município que não a encara como decisiva para o seu futuro. Mantêm-se formas de trabalho da década de oitenta, hoje completamente desligadas das exigências fundamentais de cidadania e das premências empresariais.
Um fomento industrial inexistente, uma política cultural inepta e uma tentação permanente de definir o favorecimento ilícito como prática concursal instalada são alguns dos adversários à cidadania plena que desejamos para 2017.
Inovação e criatividade nunca poderão florescer num município onde os seus dirigentes a não compreendam como um motor do progresso e de um conceito contemporâneo e benigno de produtividade.
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