Equipa de vereação PS

Equipa de vereação do Partido Socialista Caldas da Rainha:
Jorge Sobral, Filomena Cabeça, Manuel Remédios, António Ferreira, Helena Arroz, João Jales e Rui Correia
Vereadores eleitos para o mandato 2013/2017: Rui Correia (Ind) Jorge Sobral (PS)

segunda-feira, 22 de junho de 2015

Pela completa transparência dos actos públicos dos eleitos

O vereador Rui Correia deplorou o facto de o senhor vice presidente da câmara, Hugo Oliveira, ter autorizado que fosse indevidamente utilizada a sua imagem institucional e o cargo que ocupa para participar num artigo publicitário a uma prestigiada empresa de automóveis caldense.
É sempre nefasto quando um político acredita mesmo que ocupar um cargo de eleição ou não é a mesmíssima coisa.

Nada impede, entenda-se com clareza, qualquer cidadão que participe em anúncios publicitários. Mesmo se for um eleito. Melhor ainda se esses anúncios servirem para apoiar empresas que dinamizam a actividade económica da região. Mas é indispensável que se conheça a condição em que o eleito participa nesse acto. ora, quem ali foi convidado foi o cidadão, não o vice-presidente.
Saiba-se que o argumento clássico de toda a corrupção é o de que apenas se está a apoiar empresas ou pessoas para a dinâmica económica da região.

A promiscuidade entre negócios, imprensa e política produz inexoravelmente os maiores equívocos e permite extrair todas as ilações.

Como resolver, então, este aparente dilema? Não é dilema, sequer. Basta explicitar com clareza ao que vamos, impedindo activamente que se gerem dúvidas acerca de quem está a fazer o quê, a quem. Que é exactamente o que aqui acontece.

A empresa em causa não endereçou nenhum convite ao vice-presidente do executivo do município. O convite foi feito a título pessoal. A constante referência ao cargo de "vice-presidente da câmara" neste anúncio revela uma usurpação de condições que se deplora; revela uma indiferença absoluta aos limites éticos que devem presidir a todas as iniciativas dos eleitos. Um limite que aqui foi objectivamente ultrapassado e que deveria, no mínimo, ser merecedor de um esclarecimento público.

Feito assim, ninguém sabe ou saberá que benefícios se retiraram, retiram ou retirarão deste tipo de anúncios. Sabemos, isso sabemos todos, que não há almoços grátis.

Por causa de gestos como estes fica diminuída a credibilidade do executivo a que pertenço, caso decida, como lhe compete em sequência procedimental pública, adquirir produtos desta firma. E isso é inaceitável.

Que a empresa possua um acordo publicitário com órgãos de imprensa, para benefício recíproco, parece-nos natural. Que se envolva políticos nesses acordos de forma não explícita é que não aceitamos.

Sublinhamos que, deste modo, resulta ferida a necessária invulnerabilidade do prestígio das empresas. Cuidar das empresas (comerciais ou jornalísticas) e apoiá-las é garantir que a opinião pública não fica com a ideia que elas estejam, com gestos assim, a aliciar ou patrocinar políticos. Há formas simples de impedir que isto ocorra. Ser transparente costuma ser suficiente.

1 comentário:

  1. Um vereador dispor-se a isto, não faz qualquer sentido! Ainda para mais afirmar que o carro tem 1500 cv... voava! ;-)

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