Equipa de vereação PS

Equipa de vereação do Partido Socialista Caldas da Rainha:
Jorge Sobral, Filomena Cabeça, Manuel Remédios, António Ferreira, Helena Arroz, João Jales e Rui Correia
Vereadores eleitos para o mandato 2013/2017: Rui Correia (Ind) Jorge Sobral (PS)

terça-feira, 12 de julho de 2016

Aí está de novo a falácia à vista de todos: Caldas da Rainha vai contrair novo empréstimo de 2 milhões

 Os vereadores do partido socialista, face à proposta de contratação de um empréstimo bancário, no montante de 2 milhões de euros, não podem deixar de sublinhar que esta operação segue uma estratégia habitual deste executivo psd que, durante as eleições, sejam elas quais forem, alardeia uma saúde financeira sólida para captar votos e que depois se revela nada mais do que mero fogo de artifício que pouco ou nada tem a ver com a realidade financeira do município. A realidade acaba sempre por demonstrar que todo esse discurso não passa de um demagógico exercício de ufania eleitoral. Em 2010, tivemos um empréstimo de 2,5 milhões; em 2014, um outro de 2,4 milhões e agora em 2016 um empréstimo de 2 milhões.

 O discurso habitual para fundamentar estes empréstimos resume-se sempre ao mesmo: um presidente à procura de municípios que estejam em situação financeira calamitosa para os comparar com as Caldas da Rainha. Outra falácia é a de ir à procura dos piores anos de exercício financeiro para os comparar com o actual. Mas outra falácia ainda é a de achar que qualquer empréstimo de um município representa, infalivelmente, a demonstração da falência de uma gestão. Não é verdade. Um empréstimo faz parte da vida corrente de uma autarquia.

Consideramos, porém, desde há muitos anos que, com o abatimento das receitas oriundas de um mercado imobiliário pujante, este executivo não conseguiu implementar ou sequer elaborar um qualquer plano de captação de investimento ou diversificação do percebimento de receitas. Nesse sentido, o aumento de impostos e a contracção de empréstimos são as eternas soluções que restam a um município que não sabe como se financiar de outro modo.

O presente empréstimo visa libertar verba para a primeira fase da construção do novo teatro da rainha e para lançar uma série de importantes obras de repavimentação, obras de que este concelho carece urgentemente, em virtude de uma negligência intolerável a que têm sido sujeitas as vias rodoviárias ao longo dos anos.

Sabemos que outras premências existem, nomeadamente em matéria urbanística.

Tendo em consideração o lamentável estado em que se encontram as ruas das Caldas da Rainha e o demorado e tortuoso caminho que já leva o processo do teatro da rainha, não podemos de achar que é indispensável libertar verbas urgentes para atender a estas justas pretensões dos munícipes. Trata-se de exercer um elementar sentido de responsabilidade política.

Consideramos, no entanto, absolutamente vital que a Câmara Municipal das Caldas da Rainha perceba que esta solução de contrair empréstimos desta dimensão todos os mandatos não pode constituir uma solução para a sua incapacidade crónica de se saber financiar.

Estaremos, como sempre, atentos à aplicação efectiva destes 2 milhões de euros, sem os quais a Câmara Municipal das Caldas da Rainha não parece ter ou saber como cuidar da vida dos seus cidadãos.

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